A universitária esperava pelo show no Engenhão, zona norte do Rio, quando passou mal. Ela teve parada cardiorrespiratória e chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que ela teve pequenas hemorragias nos pulmões.
“Calor, insolação e desidratação são alguns desses fatores, mas sem o resultado dos exames, não temos como afirmar que seja isso. Agora é prematuro afirmar que a Ana Clara morreu por hipertermia [excesso de calor]. Se tudo der negativo, poderemos chegar à conclusão de que foi por causa do calor”, afirmou na ocasião a delegada Juliana Almeida.
O laudo final conclui que a jovem morreu por hemorragia alveolar, comprovando rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, e congestão polivisceral, que significa a paralisação de vários órgãos por exposição difusa ao calor.
Garrafas proibidas em show de Taylor Swift
Fãs que compareceram à primeira apresentação no Rio afirmaram que a organizadora da turnê da cantora no Brasil, a Time For Fun (TF4), proibiu a entrada de garrafas de qualquer tipo no Engenhão. Também houve relatos de que, dentro do estádio, a oferta de água era escassa. Garrafas eram vendidas a R$ 8, segundo os presentes.
O caso foi registrado na 24ª DP, de Piedade. Com o resultado do laudo, representantes da T4F devem ser intimados a depor. Os organizadores podem ser indiciados por homicídio culposo.
Após a morte da fã, a cantora divulgou um texto no qual afirmava estar “arrasada”. Ela pontuou ainda que recebeu poucas informações sobre a morte da fã, “além do fato de que ela era incrivelmente linda e muito jovem”.
O velório de Ana Clara foi realizado no dia 20 de novembro, na Câmara dos Vereadores de Sonora (MS). O sepultamento ocorreu no cemitério da cidade de Pedro Gomes, no mesmo estado onde a moça morava. Ela estudava psicologia em Rondonópolis, também em Mato Grosso do Sul.