A Juíza Criminal Plantonista, Maria da Conceição Privado Rêgo, concedeu liberdade a Leonidas Cunha Ribeiro, apontado como um dos participantes no assassinato do motorista de ônibus Francisco Vale Silva, de 48 anos, morto a tiros na noite de segunda-feira (22), em São Luís.
Em depoimento, Leonidas disse que estava trabalhando carregando entulho com os adolescentes, quando um deles mostrou uma arma calibre .38 e o convidou para praticar um assalto. Leonidas diz que respondeu que ‘isso não daria certo e foi para casa’.
Ainda durante o depoimento, Leonidas falou que, por volta das 22h, soube do assassinato e que foi até um matagal socorrer os adolescentes.
Com base nas informações e atendendo a um pedido da Defensoria Pública do Maranhão, a juíza concedeu liberdade a Leônidas por ‘vício formal’, pois não haveriam os requisitos do Artigo 302 do Código de Processo Penal, que descrevem as tipos de flagrante.
Maria da Conceição declarou ainda que ‘não existirem registros criminais ou processos para apuração de ato infracional anteriores em desfavor’ de Leônidas, que ‘este não esteve na cena do crime e não há no momento qualquer indício de sua participação ou mentoria’, conforme descrito na decisão.
Os outros dois suspeitos, adolescentes, seguem detidos e um deles assumiu ter atirado no motorista. Entretanto, a Polícia Civil afirma que segue investigando o caso para tentar confirmar a autoria do crime.
Os suspeitos residem nas proximidades do Terminal Rodoviário de São Luís, na região do bairro Vila Lobão, área bem próxima em que o assalto ao ônibus foi praticado.