Sete estados da Amazônia Legal terão de explicar o aumento nas queimadas em 20 municípios que concentram 85% dos focos de calor na região.
A determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, deverá ser cumprida em 30 dias.
Além do diagnóstico, no mesmo período, Ibama e governadores terão de realizar fiscalização conjunta nesses municípios.
A medida alcança, por exemplo, São Félix do Xingu e Altamira, no Pará, que têm quase 12 mil focos de incêndio, neste ano, os maiores do país.
A decisão do ministro Dino foi tomada, nessa quinta-feira (20), em audiência de conciliação que reuniu governo federal e representantes de 10 estados da Amazônia e do Pantanal.
A ideia é definir uma saída conjunta para as queimadas na região.
O ministro defendeu a liberação de recursos emergenciais de combate a incêndios.
Além disso, as Justiças nos estados deverão informar sobre inquéritos e processos que tratam de crimes ambientais em suas regiões.
Mato Grosso concentrou 21% da área queimada no Brasil, entre janeiro e agosto deste ano, com mais de dois milhões de hectares.
O estado já gastou 75 milhões no combate às chamas.
O governador, Mauro Mendes, defende penas maiores para desmatadores ilegais.
O Brasil registra neste ano mais de 190 mil focos de incêndio. Um aumento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.