Os remédios tiveram um reajuste de 4,5% no preço este ano, de acordo com entidades do setor. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) afirma que o aumento atende a uma resolução legal e deverá ser praticado imediatamente após sua publicação, em 31 de março de 2024. Segundo a Anvisa, esse é o menor reajuste de medicamentos desde 2020. O órgão informa que o aumento não é automático, mas sim o máximo de reajuste permitido pela agência reguladora.
O aumento dos preços pesa principalmente para quem faz uso contínuo de medicamentos. Essas pessoas reclamam dos preços, que pesam bastante no orçamento mensal da família. E agora, com esse aumento, pode se tornar ainda mais difícil. O aumento, como já era esperado, não agradou aos consumidores. Dona Elza, aposentada que recebe apenas um salário mínimo, diz que agora é preciso pechinchar e analisar bem onde comprar os medicamentos para economizar o máximo que puder. "A gente recebe pouco, então um real que economizamos já ajuda a comprar um tomate ou uma cebola, e assim a gente vai pechinchando".
As farmácias podem aplicar esses 4,5% de reajuste de uma vez ou "parcelar" esse aumento ao longo do ano. Mas, até março do ano que vem (quando a Câmara de Regulação deve soltar nova regra), farmácias e fabricantes não podem aplicar reajustes maiores que esse. Na resolução sobre o reajuste, o conselho informa que as empresas produtoras deverão dar "ampla publicidade" aos preços de seus medicamentos, não podendo ser superior aos preços publicados pela Câmara de Regulação no portal da Anvisa.
Conversamos com Lorimar, gerente da farmácia Farbrás, que já analisa formas de driblar o aumento no preço dos medicamentos para facilitar a vida dos consumidores como dona Elza, que estarão à procura de preços mais em conta. "A gente sabe que a maioria das pessoas que faz uso de medicamentos de uso contínuo vai sentir no bolso, principalmente por serem grande parte idosos, por isso vamos fazer de tudo para manter um preço justo".
Repórter: Elizandra Sousa