Natural de Paulo Ramos, distante 315 km de São Luís, Eduardo Noronha conheceu a jovem e a aliciava desde quando ela tinha 10 anos. Ele não possuía antecedentes criminais.
No último dia 6 de março, ele foi até Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, e pegou a garota na porta da escola. Eduardo contratou um carro de viagens por aplicativo para fazer a viagem, que custou R$ 4 mil. Agora, a polícia investiga se o suspeito solicitou o transporte pelo aplicativo ou se tratou diretamente com o motorista.
Foram dois dias de estrada e mais de 3 mil quilômetros dentro do veículo.
A adolescente ficava trancada dentro da casa, configurando crime de sequestro. Eduardo Noronha ainda deve responder por estupro de vulnerável, conforme a legislação, que considera o delito mesmo quando não há conjunção carnal.
Os pais da garota terão que vir até São Luís buscar a jovem, que é menor de idade e não possui documentação. Ela está sob cuidados do Conselho Tutelar na Casa da Mulher Brasileira.
O caso
Um homem foi preso por manter uma menina de 12 anos em cárcere privado, no bairro Vila Luizão, na cidade de São Luís. A Polícia Civil estourou o cativeiro e efetuou a prisão nesta terça-feira, 14.
De acordo com a polícia, a vítima é natural do Rio de Janeiro e conheceu o suspeito pela internet, por meio do aplicativo Tik Tok. Eles mantiveram contato por dois anos, até o indivíduo viajar para buscá-la.
A vítima estava desaparecida desde o último dia 6 de março, quando saiu com destino a sua escola, localizada em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, e não mais retornou para casa.
A Polícia Civil do Maranhão recebeu solicitação de apoio da
Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), e então conseguiu localizar a jovem em uma quitinete com o suspeito.
A polícia conseguiu resgatar a menina e prendeu o homem de 25 anos, que foi encaminhado para a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), onde foram tomadas as medicas cabíveis.
Amizade pelo TikTok
De acordo com O Globo, o pai da menina disse que desconfiava que ela podia ter ido ao Nordeste. O açougueiro contou que, no ano passado, flagrou a filha em conversa pela rede social TikTok com um rapaz, que seria do Maranhão.
“Soube que ela dizia para amigas que o rapaz seria namorado dela. Diziam que se chamava Eduardo e tinha cerca de 16 anos. Quando soube disso, deixei minha filha quatro meses sem celular. Mas, como passou a ficar deprimida, eu e a mãe conversamos com ela, que prometeu não falar mais com o rapaz. E devolvemos o celular. Estamos desesperados, arrasados”, confessou.
A família soube pelo pai de uma aluna da escola que a vítima não chegou a entrar no colégio. Teria ficado no portão, de onde teria saído acompanhada de um rapaz. Colegas da garota deram informações diferentes sobre o local para onde teria ido.