Preso desde 20 de janeiro acusado de estuprar uma jovem de 23 em uma boate em Barcelona, Daniel Alves foi interrogado duas vezes pela justiça espanhola sobre o caso. De acordo com informações do Uol, o jogador contou cinco versões diferentes sobre a presença de seu sêmen no banheiro da boate, encontrada pela perícia no dia em que ocorreu o crime.
No primeiro interrogatório, Daniel Alves afirmou que não teve relações sexuais com a mulher, e disse que não sabia do que se tratava sobre a presença de sêmen no banheiro. A juíza então perguntou se ele havia se masturbado no cômodo, mas o jogador preferiu não responder, exercendo o direito ao silêncio. Mas a juíza insistiu novamente, perguntando de maneira direta se o exame de DNA do sêmen encontrado na vagina da jovem mostraria que o material genético era dele, e o jogador respondeu que não.
Em seguida, o lateral se contradisse mais uma vez. Ele passou a afirmar que a vítima praticou sexo oral enquanto ele "fazia suas necessidades", e a juíza questionou mais uma vez o relato. Ela perguntou se ele ejaculou, e o jogador respondeu que sim, mas ao ser indagado se teria ejaculado dentro da vagina da vítima, o jogador negou.
Em abril, Daniel Alves foi interrogado pela segunda vez, e novamente apresentou uma narrativa diferente. Desta vez, ele afirmou que houve penetração vaginal — até então ele afirmava que só havia tido sexo oral — e que a mulher estava em cima dele, e ele levantou para ejacular fora da vagina da vítima.
No dia em que a vítima denunciou o estupro, a boate acionou um protocolo de violência sexual. Assim, a mulher foi encaminhada a um hospital e foi atendida por profissionais especializados em casos como este, que colheram indícios sobre o crime. O resultado do exame de DNA comprovou a presença do sêmen do jogador na vagina da vítima, e amostras também foram encontradas na roupa da mulher.