Mais um lamentável episódio de racismo marcou a noite de jogos da Libertadores. Desta vez, torcedores do River Plate imitaram macacos em direção à torcida do Fluminense, que chegava no estádio Monumental de Núñez, na Argentina, para o confronto contra os hermanos.
“Em relação aos atos de racismo, é lamentável. Não foi só aqui dentro do estádio, mas também nas ruas também de Buenos Aires. A Conmebol, que gosta de fazer controle de todas as coisas, tem que tomar uma atitude com relação a isso. Não pode acontecer. Acontece com muita gente aqui, não é um ou outro. São muitos”, cobrou o técnico.
“A gente está vivendo em um mundo que é a gente é tudo irmão. Ou só serve quem tem linhagem europeia? É gente só quem tem linhagem europeia?”, questionou Diniz.
“Isso é uma vergonha para o país, para a cidade, para o clube… Isso não é torcedor, ele deveria estar preso. Isso tinha que ser crime. A Conmebol tem que tomar providência. É só pegar a câmera do estádio e ver que foram vários imitando macaco. E achando que isso é bonito”, detonou o treinador.
A Conmebol não se manifestou sobre o assunto. Na tarde de quarta-feira, antes da bola rolar, a entidade anunciou em seus canais de comunicação uma ação de conscientização contra o racismo, em quatro partidas da rodada da competição continental. Uma delas era justamente o duelo entre argentinos e brasileiros.
“A Conmebol aproveitará quatro partidas da Libertadores para dar visibilidade sobre o problema que afeta a sociedade e o futebol e despertar a consciência de seu impacto negativo no esporte”, diz a entidade em um dos trechos do comunicado.