Um homem, identificado como Halisson Artur Sousa Veras, foi preso durante uma operação do Ministério Público do Maranhão, que investiga a prática de agiotagem na cidade de São Luís Gonzaga do Maranhão.
O investigado é suspeito de desviar mais de R$ 1 milhão da própria mãe, para oferecer empréstimos com juros que chegavam a 15% ao mês. Halisson Artur foi denunciado pela própria genitora, que mora na Espanha.
Durante a operação, que foi realizada na última quarta-feira (4) e contou com o apoio da Polícia Civil do Maranhão, foi cumprido mandado de prisão contra Halisson Artur e de busca e apreensão na residência dele.
No local, foram apreendidos documentos, aparelhos de telefonia celular, automóvel, motocicletas, além de quase R$ 17 mil em dinheiro. A operação foi acompanhada pelo promotor de justiça Rodrigo Freire Wiltshire de Carvalho.
Dinheiro desviado
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça a pedido da Promotoria de Justiça de São Luís Gonzaga do Maranhão, a partir de uma representação apresentada pela própria mãe de Halisson Veras.
De acordo com a mulher, que mora na Espanha, o filho estaria desviando dinheiro enviado por ela para a construção de uma casa na cidade de Bacabal. Ao todo, o homem já teria desviado, em valores atualizados, mais de R$ 1 milhão. Os valores estariam sendo usados por Halisson Veras para oferecer empréstimos com juros que chegavam a 15% ao mês.
O dinheiro seria movimentado por meio de uma empresa fantasma, em nome da esposa de Halisson. Além disso, a mãe do investigado entregou ao Ministério Público áudios, vídeos e fotos em que Veras portava armas de fogo. Essas armas seriam utilizadas para ameaçar as pessoas que lhe deviam dinheiro.
Na decisão, o juiz Diego Duarte de Lemos também autorizou o acesso aos dados dos aparelhos eletrônicos de Halisson que foram apreendidos, como histórico de ligações, aplicativos de mensagens, áudios e vídeos, que possem ser usados na investigação como elementos de prova para a elucidação de fatos criminosos ou identificação de suspeitos de crimes.
Após a prisão, o agiota foi encaminhado a uma unidade prisional, onde ficará à disposição da Justiça.