A conduta de um delegado da Polícia Civil está sendo investigada no âmbito criminal e administrativo pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.
Marcelo dos Santos, 50 anos, é suspeito de cometer o crime de injúria racial contra um garçom na Península da Ponta da Areia, na capital.
Os policiais militares formalizaram a denúncia sobre o episódio em um boletim de ocorrência registrado no Plantão das Cajazeiras e no termo de depoimento.
No domingo (1º), um crime ocorreu em um restaurante localizado na área considerada ‘nobre’ em São Luís.
Outros clientes do estabelecimento ficaram assustados com a postura do policial e acionaram a Polícia Militar.
Eles relataram que um homem armado estaria ameaçando um garçom enquanto era atendido.
O garçom relatou aos policiais militares que Marcelo se referiu a ele com as palavras:
“Tu, neguinho não tem capacidade de me atender e nem está aqui no local”.
Além disso, a vítima contou que o delegado o humilhou, ameaçou, colocou a pistola sobre a mesa e começou a cavar um buraco na areia, dizendo que seria “uma cova para o garçom”.
Os policiais levaram Marcelo para o estacionamento para revistá-lo assim que chegaram. Após o procedimento, constataram que o suspeito era um delegado.
Segundo relatório da PM, o delegado Marcelo tratou a ‘guarnição de maneira brusca e ofensiva’. Os policiais relataram que após a abordagem, o delegado gritou:
“Me atira! Tu não és polícia, tu não é nada. É um p***a”.
Após a chegada do tenente, o delegado ainda proferiu palavras ofensivas menosprezando a instituição e os demais polícias no local.O oficial tentou conduzir o suspeito, mas ele se recusou.
Após o ocorrido, a equipe policial conduziu as vítimas e o delegado até o plantão das Cajazeiras, onde tomou as medidas cabíveis.
A Polícia Militar atendeu a ocorrência, e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) informou que está investigando a conduta do delegado.
Além disso, a SSP informou que um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Combate a crimes Raciais e de intolerância.
No entanto, o Difusora News perguntou se afastariam o policial de suas funções até o fim das apurações, mas não responderam aos questionamentos.