As investigações da operação indicam que os integrantes da organização acessavam as contas de beneficiários do Auxílio Emergencial para efetuar pagamentos de boletos bancários, esvaziando assim os recursos das vítimas.
Os valores desviados eram transferidos por meio de várias transações para outras contas, até serem direcionados a contas de “laranjas”, utilizadas para saques ou depósitos. Há indícios, segundo a PF, de que os investigados também praticavam outras fraudes bancárias e faziam uso de outros benefícios sociais do governo.
Foi identificado ainda um esquema de lavagem de dinheiro, operado por meio de empresas de fachada, no qual os recursos eram empregados na aquisição de bens com o objetivo de disfarçar sua origem ilícita, de acordo com a Polícia Federal.
A PF afirma que o valor do prejuízo é expressivo devido ao padrão de vida ostentado pelos investigados e seus veículos de luxo. Porém, toda a quantia ainda está sendo levantada, devido à complexidade do esquema e à variedade de fraudes identificadas, que incluem não apenas crimes relacionados ao Auxílio Emergencial.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo eletrônico, além de outros que venham a ser constatados no decorrer do processo investigativo.
Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí.