“É fundamental destacar a importância do uso de preservativos e da realização regular de testes de HIV”, defende o infectologista, que sugere também a promoção de ações em centros de convivência e grupos comunitários, como palestras e distribuição de preservativos. “Esses locais podem ser utilizados para ampliar o alcance da prevenção”, destacou.
A capacitação de profissionais de saúde também é um aspecto importante. Segundo Yuri Eloy, “treinar médicos, enfermeiros e psicólogos é essencial para que consigam sensibilizar os idosos sobre os riscos de manter uma sexualidade ativa sem o uso de preservativo”, apontou. Ele destaca ainda que a abordagem deve ser feita de forma sensível e sem preconceitos.
Cuidado integral para idosos com HIV
Para idosos que convivem com o HIV, o acompanhamento médico deve considerar tanto os aspectos físicos quanto emocionais. “A sensibilidade cultural e social é crucial para tratar questões como preconceito, isolamento social e discriminação”, enfatizou o especialista. Ele também chamou atenção para as comorbidades frequentes nessa população, como doenças cardiovasculares, metabólicas e ósseas. “Além de fazer o tratamento adequadamente, essa população exige acompanhamento frequente de especialistas, como geriatras e cardiologistas, para garantir qualidade de vida”, acrescentou.
Por fim, Yuri destacou a importância de redes de apoio para reduzir o isolamento social. Grupos de suporte para idosos vivendo com HIV podem ser uma ferramenta de grande ajuda, criando espaços de acolhimento e troca de experiências. “Promover o diálogo aberto sobre sexualidade e quebrar preconceitos é essencial para enfrentar esse problema”, concluiu o especialista.