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Saúde

Maranhão é o terceiro estado com maior taxa de câncer de colo do útero no país

Na região nordeste, o estado lidera as estimativas com prevalência de 21,71 casos para cada 100 mil mulheres.

Publicada em 22/09/23 às 09:54h - 6 visualizações

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Maranhão é o terceiro estado com maior taxa de câncer de colo do útero no país
 (Foto: centraldenoticiasbrasil.com)

O Maranhão é o terceiro estado do país com maior taxa de câncer do colo de útero do Brasil. São 21 casos para cada 100 mil mulheres, ficando atrás apenas do Amazonas e do Pará. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Na região nordeste, o Maranhão lidera as estimativas de câncer de colo do útero, com prevalência de 21,71 casos para cada 100 mil mulheres. O número é três vezes superior ao do Rio Grande do Sul, que apresenta a menor taxa no Brasil, com 7,11 casos para cada 100 mil mulheres.  Em seguida, está Alagoas com 18,54 casos para cada 100 mil mulheres.

Porém, quando comparado ao câncer de mama, tumor que mais mata as mulheres no Brasil, o Maranhão apresenta uma das menores estimativas do país, com 28,29 casos para cada 100 mil mulheres, na frente inclusive das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Santa Catarina, por exemplo, tem quase três vezes maior prevalência da doença quando comparado com o Maranhão, com 74,79 casos para cada 100 mil mulheres.

O câncer do colo de útero pode ser prevenido com acesso à vacina contra HPV e exame de Papanicolau, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), alerta o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológico (EVA), criadora da campanha Setembro em Flor, de conscientização sobre cânceres do aparelho reprodutor feminino.

VACINA CONTRA O HPV - O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode causar câncer do colo de útero e verrugas genitais. Geram lesões benignas, pré-invasivas ou invasivas, como o câncer de colo do útero (responsável por 99,7% dos casos) e outros tipos de câncer de órgãos genitais. Outro dado aponta que 80% da população sexualmente ativa contrai a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida.

A vacinação contra o HPV é um dos grandes aliados para o controle dessa doença. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza gratuitamente a vacinação desde 2014, sendo indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos, homens e mulheres até os 45 anos que vivem com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e vítimas de violência sexual. A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) também recomendam a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, o mais precoce possível.

Campanha Setembro em Flor - A campanha que marca o mês de conscientização do câncer ginecológico foi criada em 2021 pela oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, diretora do EVA e coordenadora de Advocacy. A ação surgiu de uma carência de conhecimento da população brasileira sobre os tipos de cânceres que acometem o aparelho reprodutor feminino: câncer de colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva. Durante as atividades, que ocorrem anualmente em setembro, o foco é conscientizar a população feminina sobre os sintomas e formas de prevenção.

Sintomas de tumores ginecológicos

Embora muitos tumores se apresentem de forma assintomática, principalmente nos estágios iniciais, a maioria se desenvolve com os seguintes sintomas:

Sangramento vaginal fora do ciclo menstrual;
Sangramento vaginal na menopausa;
Sangramento vaginal após a relação sexual;
Corrimento vaginal incomum;
Dor pélvica;
Dor abdominal;
Dor nas costas;
Dor durante a relação sexual;
Abdômen inchado;
Necessidade frequente de urinar.

Diagnóstico de câncer ginecológico - Em caso de suspeita de câncer ginecológico, é necessário realizar uma série de exames minuciosos para definir o histórico correto da paciente e chegar ao diagnóstico preciso, tais como:

Ultrassom;
Radiografia;
Tomografia computadorizada;
Ressonância magnética;
Tomografia por emissão de pósitrons;
Após esses exames é fundamental que seja feita uma biópsia para confirmar o diagnóstico.

Além disso, é essencial avaliar a natureza do tumor. O sistema de estadiamento varia, mas geralmente essas neoplasias são classificadas em quatro níveis diferentes, desde o inicial (Estágio I) até o mais avançado (Estágio IV). 




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